As iniciativas no domínio da I&DI agrupam, além dos centros de investigação, todo o tecido empresarial que se constitui como parceiro fundamental no que à transferência e uso do conhecimento diz respeito. Relativamente a este setor (ID&I em contexto empresarial), não tendo sido ainda atingida a dimensão e o alcance desejáveis, tem sido objetivo prioritário das políticas regionais, em linha com os objetivos previstos no PO Açores 2020, o lançamento de programas para este grupo de destinatários, designadamente, através da promoção de projetos de investigação em contexto empresarial, e em parceria com o sistema científico e tecnológico regional (SCTA) e através da criação de infraestruturas tecnológicas que potenciem a cooperação entre essas instituições (designadamente com a construção dos parques de Ciência e tecnologia de S. Miguel e da Terceira).
O objetivo é fomentar as iniciativas de ID&I em contexto empresarial, através do apoio ao desenvolvimento da inovação, da cooperação e da criação de sinergias entre as empresas e as restantes entidades do SCTA, ao aumento da intensidade e do investimento em atividades de ID&I nas empresas e respetiva valorização económica. Por outro lado, pretende-se estimular a incorporação de novos conhecimentos e capacidades que permitam o desenvolvimento de processos, serviços ou sistemas inovadores, ou de novos produtos, ou, ainda, a melhoria dos existentes, através do apoio a projetos que envolvam atividades de investigação aplicada e/ou de desenvolvimento experimental.
Com os apoios a prestar neste domínio pretende-se dinamizar a investigação em consórcio promovida e desenvolvida por empresas e instituições científicas e lançar as bases para a generalização e intensificação das relações de índole científica e técnica entre as diferentes instituições de ID&I. O desenvolvimento local de aplicações inovadoras apela a medidas de apoio à transferência de tecnologias genéricas já existentes, em domínios de atividade essenciais à economia regional, identificados no processo de especialização inteligente, e nos quais a Região revela potencial e competências específicas.
Paralelamente, de forma complementar e integrada, numa estratégia política que se apresenta coerente e articulada, estão em pleno processo de implementação os Parques de Ciência e Tecnologia. São sobejamente conhecidos os objetivos destas infraestruturas que concentram diversos serviços, espaços e atividades que visam estimular sinergias e aproximar os centros de conhecimento (universidades, centros de investigação e escolas) do setor produtivo (empresas em geral), por forma a facilitar o desenvolvimento de inovações técnicas, novos processos ou ideias, tornando as empresas e a economia mais competitivas. A interação entre as empresas e as universidades e a troca de experiências entre as próprias empresas têm vindo a ser consideradas decisivas no desenvolvimento económico de uma região, em virtude de criarem as condições para o aparecimento de incubadoras e empregos qualificados em empresas sustentáveis e de base tecnológica, capazes de oferecer produtos e serviços de valor acrescentado no mercado global.
Os Parques de Ciência e Tecnologia das ilhas de S. Miguel e Terceira pretendem assumir um carácter estruturante em áreas emergentes no domínio das tecnologias ligadas às ciências da terra, do espaço e do mar e, também, nas áreas das ciências agrárias, agropecuária, agroindústria e biotecnologia. Constituem os primeiros grandes polos de competitividade e inovação da Região criados com base em estruturas nucleares de investigação ligadas quer à prestação de serviços públicos, quer à dinamização do sector privado.