O NIDYARN é um exemplo de perfeita simbiose entre o meio académico e empresarial uma vez que proporciona a oportunidade dos seus promotores partilharem as suas competências, fomentarem o networking interno e entre si, e reforçarem as suas capacidades e o caráter de I&D na área dos fios funcionais.
A Inovafil, tendo no seu ADN a inovação, e com o intuito de inovar ainda mais e de uma forma estruturada, necessitou de procurar parceiros tecnológicos no mercado que cobrissem este seu objetivo. Para tal, “identificamos o 2C2T e plataforma internacional Fibrenamics, resultando esta união num projeto financiado pelo Portugal 2020”, refere Rui Martins, da Inovafil.
Tendo em consideração todo o “know-how” técnico-científico da Fibrenamics e a sua experiência na relação com o meio empresarial, a Fibrenamics desempenha aqui um papel fundamental na definição dos desafios tecnológicos a satisfazer no projeto e no pós-projeto, com particular destaque para a abrangência da divulgação dos resultados técnico-científicos.
O papel da Inovafil consiste, neste contexto, em materializar os projetos de inovação pondo ao dispor os seus recursos humanos, matérias primas e equipamentos para os concretizar. Um dos resultados esperados deste núcleo é a questão cultural da inovação na Inovafil: “esperamos que a inovação se faça de forma estruturada e organizada, enraizando-se no nosso ADN para além do tempo deste projeto. Acreditamos, também, que a realização de alguns projetos enriqueçam as coleções de artigos técnicos apresentados nas feiras”, realça ainda Rui Martins.
Na perspetiva de Rui Martins, o desenvolvimento deste projeto “está a ser muito enriquecedor e gratificante pois tratam-se de três equipas que partilham da mesma visão e pontos de vista sob a forte componente inovadora que o futuro reserva aos produtos têxteis. São equipas que, claramente, se complementam”. A transferência de know-how académico para a área industrial; a forma de estruturar a vigilância de mercado e tecnológica; e, a forte motivação interna para a inovação são algumas das mais-valias deste projeto, salienta ainda.
De acordo com Juliana Cruz, o trabalho com a Inovafil e o 2C2T está a ser muito frutífero porque “agrega valências complementares que facilita o alcance dos objetivos predefinidos e a sustentabilidade do núcleo”.
Por seu turno, Fernando Ferreira assegura ainda que fazer investigação, desenvolvimento de novos produtos ou transferência de tecnologia em estreita colaboração com o tecido industrial “é sempre uma mais valia para os centros de investigação, pois permite transferir e testar o conhecimento científico adquirido, contribuindo para a criação de riqueza do país. Por outro lado, esta relação com a indústria permite descobrir sempre novos desafios”.