Universidade – Empresa: inovação em rede

Entrevista a Roberto Amaral, Diretor Geral da Marques Britas SA

Fibrenamics Azores

A Fibrenamics está a trabalhar com um dos maiores grupos económicos da região, o grupo Marques, num projeto cujo objetivo consiste na valorização de resíduos da madeira que é utilizada nas carpintarias.

Nesta edição, entrevistamos Roberto Amaral, diretor geral da Marques Britas, de forma a percebermos o que esperar desta parceria com a Fibrenamics.

1 – Como surgiu a ideia de criar este projeto juntamente com a Fibrenamics?

Com o início do negócio da fileira da madeira, a Marques Britas, SA, empresa do Grupo Marques, alterou substancialmente a sua cultura empresarial, nomeadamente em dois pilares estratégicos, a inovação e a exportação. Indubitavelmente o conhecimento que as universidades detêm e, ainda mais notória, a enorme vontade de ampliar este conhecimento são os ingredientes postos à disposição das empresas, neste caso concreto à indústria, que permitem o desenvolvimento de produtos inovadores. Na Marques Britas, SA aliamos esta inovação à utilização de produtos endógenos da Região Autónoma dos Açores, utilizando a madeira de Criptoméria dos Açores. Como é consabido, o negócio da fileira da madeira produz uma quantidade enorme de resíduos, sendo sinónimo de desperdício. A ideia nasce, como muitas outras, da necessidade de resolver um problema, neste caso concreto a eliminação de resíduos de madeira, que por um lado acarreta custos avultados e por outro lado é potenciador de problemas ambientais. Foi por este motivo, e por acreditarmos existir uma oportunidade no segmento de painéis de madeira, que contactamos a Fibrenamics, com o objetivo de desenvolver um painel de madeira à base de madeira de criptoméria, até agora inexistente no mercado.

2 – O objetivo deste projeto consiste em levar a cabo atividades de investigação e desenvolvimento, que permitam obter o conhecimento necessário para o desenvolvimento de placas compósitas termoplásticas reforçadas com resíduos de madeira. Qual é o papel da Marques Britas no desenvolvimento deste projeto?

A Marques Britas, SA assume a responsabilidade do projeto, no entanto, é de fulcral importância a associaçao com a Fibrenamics, pois é esta que possui os recursos e conhecimento para a fase de investigação e desenvolvimento de um projeto desta tipologia, que de outra forma, seria mais difícil ou mesmo impossível de realizar.

3 – Que resultados são esperados?

Resolver o problema dos resíduos de madeira, e ainda criar um produto de elevado valor acrescentado, é sem dúvida o corolário de qualquer projeto. Ademais, estamos confiantes, conhecedores das qualidades únicas da madeira de criptoméria aliadas à avançada tecnologia de produção de placas compósitas termoplásticas, que será possível a criação e desenvolvimento de um produto de elevada qualidade.

4 – Que mais-valias é que este projeto poderá trazer para a Marques Britas? Qual a importância desta parceria com a Plataforma Fibrenamics e que mais-valias é que esta união de esforços tem trazido para a empresa e para o Arquipélago?

De facto, a aproximação dos centros de conhecimento ao tecido empresarial origina sinergias que potenciam o desenvolvimento de produtos inovadores, novos processos tecnológicos e de Gestão, que contribuem para melhorar a competitividade das empresas e, por conseguinte, da própria região onde se inserem, neste caso concreto a Região Autónoma dos Açores. A Plataforma Fibrenamics revelou-se ser uma mais-valia para a Marques Britas, SA e para a própria Região, interagindo com os diversos Stakeholders, desde empresas, universidades e diversos organismos públicos, demonstrando sempre uma atitude de abertura e imprimindo uma dinâmica notável.

Esperamos com este projeto diversificar e melhorar qualitivamente os produtos produzidos, apostando fortemente na exportação, mas com a garantia de estarmos na vanguarda em termos de tecnologia e qualidade dos produtos produzidos, relativamente aos nossos concorrentes existentes à escala global.

Permita-me também realçar o papel do Governo dos Açores, que tem disponibilizado apoios na área de I&D, assim como, na criação de parques de ciência e tecnologia, onde empresas e plataformas de conhecimento se instalam e criam sinergias, tornando-se um polo dinâmico em desenvolvimento e inovação, ao dispor das empresas e organizações existentes no mesmo território.

ARTIGOS
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Artigo de Opinião

Colaboração Universidade-empresa: a união faz a força!

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