Os resíduos são uma extensão física de uma matéria; são o excedente de um processo, de um produto. A sua valorização enquadra-se num conceito de transformação e de mudar o seu rumo. Daí surgiu o META, uma mostra conjunta de peças originais com base em resíduos, criadas por artistas nacionais, que visa comunicar o potencial de valorização de resíduos de uma forma única e conceptual. Ao META juntaram-se várias indústrias nacionais, como a Cup & Saucer, o grupo dst e a ERT Têxtil Portugal, cujos resíduos foram transformados em verdadeiras obras de arte. De 8 a 23 de junho pode conhecer de perto as obras de Rute Rosas, Miguel Neves Oliveira, Hernâni Reis Baptista, e Ana Almeida Pinto.

Local:
Zet gallery
Rua do Raio 175, Braga
www.zet.gallery
8 de junho, 18h | Inauguração

Ana Almeida Pinto 1984

É licenciada e mestre em Artes Plásticas – Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Expõe individual e coletivamente desde 2007 e em 2017 venceu duas Menções Honrosas: uma na 4ª Bienal Internacional Mulheres D’Artes, Espinho, com a obra “Geração Arrasta_2015” e outra na 2ª Bienal Internacional de Gaia, com a obra “Resistência (da Solitude)_2017”. Tem sido assídua a sua participação em residências artísticas e como dinamizadora de workshops e outras atividades de caráter pedagógico. Ana Almeida Pinto acredita na abrangência da escultura e nas suas múltiplas ligações. Pensa e trabalha a fisicalidade no processo escultórico, enquanto ato, pensamento, perceção e contemplação.

Hernâni Reis Baptista 1986

Licenciou-se em Artes Plásticas – Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Expõe, individual e coletivamente, desde 2011 e a sua obra integra algumas importantes coleções em Portugal e Itália. Faz parte, desde 2015, da equipa do Sismógrafo (Porto), onde desenvolve atividades relacionadas com a produção e organização de iniciativas culturais. A sua obra aborda, conceptualmente, a relação entre o homem e a máquina, não privilegiando qualquer meio ou suporte mas tendo, fundamentalmente, uma dimensão objetual que recorre ao vídeo e aos novos media como intensificadores da mensagem.

Miguel Neves Oliveira 1978

Expõe desde 2016. Contudo, o escultor cresceu entre o ruído da matéria natural da qual brota a vida que se torna arte. A sua formação é, em parte, empírica e vocacional e é sua simplicidade que faz dele um artista cujo talento se tem evidenciado e sido merecedor da aposta da zet gallery. O artista tem na madeira o seu material de eleição, contudo permanece aberto a novas descobertas e às potencialidades de materiais como o ferro, mantendo a aplicação de uma paleta de influência no universo da pop que define o resultado visual do seu trabalho.

Rute Rosas 1972

Combina a sua atividade de Artista Plástica – Escultora com a de Professora Auxiliar (Ph.D) do Departamento de Artes Plásticas – Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desde 1996 que tem realizado exposições e concebido, participado, colaborado e organizado, inúmeros eventos, exposições coletivas e workshops em diversos países. As suas obras têm sido referidas em inúmeras publicações. Recebeu diversos prémios e a sua obra está representada em diversas instituições e coleções privadas em Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra e Brasil. Não privilegiando nenhum meio ou técnica, o seu trabalho resulta em concretizações plásticas ou expressões plásticas – ação, performance, instalação, objeto, intervenção, vídeo, texto, desenho, etc. – e que se centram em conceitos como: Autobiografia e/ou Autorrepresentação, Experiência Vivencial de discurso não-narrativo; Expressão Plástica; Tempo; Espaço; Memória; Recordação; Entorno; Partilha.